Ex-Fla releva bastidores da concentração do time gaúcho na final da Libertadores, em 2019
Quase três anos se passaram e muitos torcedores do Flamengo ainda não conseguem descrever com exatidão o que sentiram no dia 23 de novembro de 2019 – data da reconquista da América. O momento, porém, não foi impactante só para quem frequenta as arquibancadas. Isso porque, Léo Moura, jogador do Grêmio à época, revelou detalhes dos bastidores de sua comemoração pelo bicampeonato rubro-negro da Libertadores.
Em entrevista ao canal ‘Cara a Tapa’, o ex-Flamengo contou que comemorou o título rubro-negro na concentração do Grêmio. Para avançar à final, o Mais Querido superou o Tricolor gaúcho por um agregado de 6 a 1 – empate em 1 a 1 na Arena, em Porto Alegre, e goleada por 5 a 0 no Rio, no Maracanã.
— A gente estava em um jogo fora com o Grêmio, fora de Porto Alegre. Estávamos comendo, começou o jogo, os caras torcendo contra e eu na minha, só pensando: “Vamos”. Quando eu vi que eles estavam secando muito, avisei que ia para o quarto. Subi, liguei a tv e falei: “C*** que o Flamengo vai perder essa p*”. Comecei a gritar e vibrar na hora do gol. Alguns jogadores do andar devem ter ouvido, mas sabiam que era eu, né? Único flamenguista assumido.
Questionado se o lateral conseguiu esquecer a goleada sofrida dias antes, Léo Moura assumiu a superioridade rubro-negra e enalteceu a postura do elenco em respeitar o adversário, mesmo após o placar elástico por 5 a 0. Disse, ainda, que não dava para continuar remoendo aquilo com o time de coração na final.
— O Flamengo estava amassando os adversários, esquece. Mas do jeito que foi, foi uma tristeza. O vestiário estava péssimo. Aquilo machucou, mas passou e não dá para ficar remoendo. Os caras ganharam na bola, entendeu? Jogaram muito futebol, não tiraram onda e respeitaram. Depois, na final, eu só pensei: “É meu time e não vou torcer para argentino”.
Durante o papo, Léo Moura confessou, ainda, que Renato Gaúcho, técnico do Grêmio em 2019, quase assumiu o Mais Querido antes da oficialização de Abel Braga, em 2019. O lateral disse que foi o responsável pela ligação entre o treinador e os dirigentes rubro-negros.
— Ele gosta do Grêmio, mas ele é muito Flamengo. A gente sempre conversava muito sobre Flamengo durante resenha, sabe? Falava que estava assim e assado. Vou te falar, por pouco eu não o levei para o Flamengo. O clube estava louco por ele na época e eu fiz com que as pessoas falassem com ele. Tinham duas chapas na época e fiz isso com as duas chapas. Ele queria muito. Ele me disse que estava tudo certo no Flamengo e eu ia voltar. Eu ainda falei para minha esposa: “Vamos arrumar a mala e vamos para o Rio de Janeiro, depois te explico”.”
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