O governo do Rio de Janeiro pode frustrar os planos do Flamengo de assumir a gestão do Maracanã. Isso tudo em função das conversas existentes com a Odebrecht para que ela siga na administração do estádio.
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A ideia do governador eleito Wilson Witzel é revitalizar todo o entorno do local e ainda possibilitar um acordo com o Ministério Público, que anulou a concessão da arena por meio de uma ação por conta de acusações de favorecimento à empreiteira durante o processo licitatório que garantiu as últimas obras no principal palco do futebol brasileiro. Assim, a própria empresa já começa a rever a sua decisão de abandonar o “maior do mundo”. “Estamos encaminhando um pedido para uma audiência de conciliação. Dei uma lida na sentença e vi que houve um vício formal (de anulação do processo de licitação). Agora, devolver o Maracanã para o Rio e Janeiro vai ser mais custoso ao Estado, vai dar prejuízo. Vai ser mais custoso do que fazer uma leniência neste processo. Estou esperançoso de que vamos conseguir resolver o problema. Aquela região vai ser toda reestruturada”, disse Witzel.
Durante sua campanha, o político já havia prometido retomar as conversas com a concessionária para reequilibrar o contrato, mas a ideia era envolver também os grandes clubes. Segundo a versão de antigos dirigentes rubro-negros, no entanto, existia a intenção de se realizar uma nova concorrência, o que não é a tendência de momento. “Os clubes não fazem parte deste contrato. O máximo que pode acontecer é eles participarem de alguma forma nesta negociação, nesta mediação, com algum interesse de de repente até comprar ações da empresa, comprar o contrato. Não sei nem se tem essa previsão na licitação. Se a empresa entender que não pode concluir as obras projetadas, ela abandonaria em proveito dos clubes nessa negociação.” No projeto de revitalização, do Maracanã, está a construção de um shopping e um hotel na área no estádio Célio de Barros.
