Ministério Público não denuncia Bandeira e demais indiciados pelo incêndio no Ninho

Indiciado pela Polícia Civil por dez homicídios com dolo eventual (quando se assume o risco de matar) e 14 tentativas de homicídio (em relação aos sobreviventes) após o incêndio que atingiu os contêineres do Ninho do Urubu onde atletas da base dormiam, em fevereiro, o ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello e outras sete pessoas envolvidas no caso não serão denunciadas à Justiça, em um primeiro momento.

Ontem, o Ministério Público do Rio devolveu o inquérito à Polícia Civil, por considerar que não foram apresentadas provas suficientes no relatório final contra os oito indiciados. O órgão deu mais 45 dias para os policiais aprofundarem as investigações.

Foram solicitados os depoimentos da gerente de Licenciamento e Fiscalização da Prefeitura, que acusa o Flamengo e seus dirigentes de terem colaborado para o resultado do evento, já que não cumpriram o auto de interdição do Ninho do Urubu; e do presidente da Associação dos Profissionais de Ciência e Tecnologia, que denunciou a NHJ (empresa que construiu os contêineres que pegaram fogo) por não estar regularizada junto ao Crea (Conselho Regional de Engenharia), entre outros documentos.

O delegado responsável pelo caso, Márcio Petra de Mello, afirma que “não é crível” que o ex-presidente do clube “tivesse deixado de tomar conhecimento da interdição do Centro de Treinamento e dos autos de infração” e que ele preferiu “ignorar as determinações que, caso tivessem sido atendidas, teriam poupado as vidas dos atletas”.

Fonte: https://extra.globo.com/esporte/flamengo/ministerio-publico-nao-denuncia-bandeira-demais-indiciados-pelo-incendio-no-ninho-23815699.html

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