‘Novo’ Maracanã: gramado híbrido terá entre 7 a 10% de fibra sintética

Alvo de críticas nos últimos anos, o palco dos jogos do Fla passa por uma reforma ‘definitiva’

Por: Higor Neves e Letícia Marques

Apesar de toda a tradição e história envolvendo Flamengo e Maracanã, os últimos anos têm criado uma insatisfação na parte rubro-negra. Isso porque, com grandes investimentos em estrutura e material humano, a equipe não vem encontrando um gramado à altura do que se espera. Para solucionar o problema, a Gestão Maracanã decidiu implementar o gramado híbrido, uma tecnologia que agrega grama natural à artificial, a fim de garantir maior resistência. Indo mais a fundo, o percentual sintético no ‘tapete’ será entre 7 e 10%, conforme apurou a reportagem do Coluna do Fla.

Com pouco menos de dois meses para expirar o prazo estipulado, a obra segue dentro do planejamento. Vale destacar, no entanto, que até a divulgação desta reportagem (quarta-feira, 26) o gramado do Maracanã ainda se encontra 100% natural, no 37º dia de plantio. Isso porque, a ideia é que as fibras sintéticas sejam costuradas ao longo do mês de fevereiro. A parte artificial ficará abaixo da natural, servindo como uma ‘sustentação’, para diminuir o desgaste.

Esse sistema assegura superfície sempre uniforme, com maior eficácia e resistência ao pisoteio, sustentando mais horas de jogo por ano do que a superfície clássica. Além disso, também possibilita regular a quantidade de água e temperatura do solo, melhorando as condições para crescimento da grama. O investimento desta obra será todo custeado pelo próprio Maracanã, sem aporte dos clubes, com valor estimado de R$ 4 milhões.

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Quanto à parte natural: o tipo escolhido foi a grama africana, intitulada comoBermuda Celebration.A escolha se deu por conta das condições necessárias para manter esse tipo de gramado, sendo elas sol, calor e água, ou seja, características condizentes com o clima do Rio de Janeiro. Desta forma, caso os processos sigam evoluindo conforme o esperado, a tendência é que o estádio seja liberado por volta do dia 15 de março.

Mudança ‘definitiva’ é considerada como fundamental e dividida em etapas

Desde a Copa do Mundo de 2014, esta é a primeira vez que o Maracanã recebe uma grande obra. Vale destacar que o gramado jamais havia sido plantado diretamente no estádio. Antes, a grama era cultivada em Saquarema, e transportada para o local em forma de rolos. Para alterar a forma de plantio, a manutenção foi dividida em algumas fases.

Primeiro, foi realizada a retirada do antigo gramado e, após isso, uma limpeza na região. A preparação do local se iniciou com a colocação da camada de areia e, logo depois, foi utilizado um equipamento de última tecnologia à laser para nivelar.

A parte mais importante trata-se do plantio do gramado em ‘springs’, que mudas de grama. O novo campo será formado a partir disso. Essa, inclusive, é a fase atual da obra e está em seu 37º dia. Como dito, após isso, a costura da fibra sintética será feita.

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Entendendo que é importante de oferecer aos jogadores as mesmas condições no treino, o Flamengo já iniciou conversas para levar a tecnologia ao Centro de Treinamento. Neste cenário, porém, não há grandes avanços. Um dos fatores é o alto custo, dependendo um planejamento mais cauteloso. Junto a isso, há também a necessidade de tempo para as obras. Sendo assim, como o Fla está prestes a iniciar a temporada de jogos, a tendência é que a implementação no CT aconteça apenas para 2023.

Fonte: https://colunadofla.com/2022/01/novo-maracana-gramado-hibrido-tera-entre-7-a-10-de-fibra-sintetica/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=novo-maracana-gramado-hibrido-tera-entre-7-a-10-de-fibra-sintetica

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