O Diário do Comandante do Mundial

28 de setembro de 2014… um dia pra ficar marcado na história! Posso dizer que existe o basquete do Flamengo antes e depois desta data. O porquê disso eu explico.
Este foi o dia em que o basquete do Flamengo entrou para a galeria dos Campeões Mundiais, um seleto grupo formado por equipes como Real Madrid, Barcelona, Olimpiacos, Panatinaicos e Maccabi Tel Aviv. Somente uma equipe brasileira já havia conquistado esse título, o EC Sírio, em 1979, que tinha em seu plantel nada menos que a dupla Oscar e Marcel, dentre outras referências do basquetebol nacional.
Jogamos a final do mundial contra o Maccabi Tel Aviv, que foi o Campeão da Euroliga na ocasião. Como chegamos lá? Percorrendo um longo caminho que começa em 24 de novembro de 2012, na primeira partida do NBB 5, quando atuamos contra a equipe do CETAF, em Vila Velha, no Espírito Santo. Foi o início de uma temporada de marcas importantes para o basquete rubro-negro.
Conseguimos alcançar a incrível marca de maior sequência de vitórias no início da competição: vinte consecutivas. Para conquistar o título deste NBB, jogamos 43 partidas e vencemos 37 delas. Um incrível aproveitamento de 86%. Altíssimo, pelo nível do campeonato. A final foi contra Uberlândia, na Arena da Barra, no dia 01 de junho de 2013. Este título do Flamengo tirou a hegemonia do Brasília, que havia vencido as três edições anteriores.
Com essa conquista, o Flamengo garantiu a vaga para jogar a Liga das Américas, competição que teve início em 7 de fevereiro de 2014, em Quito, no Equador.
No dia 22 de março de 2014, no Maracanãzinho, o Flamengo conquistou de forma invicta (foram oito vitórias em oito jogos) a Liga das Américas após bater o Pinheiros, o então defensor do título. Era a primeira vez na história que o Flamengo vencia a Liga das Américas.
A conquista das Américas deu então ao Clube o passaporte para jogar a Copa Intercontinental, o Mundial de clubes do Basquete.
Portanto, quem pensa que jogamos apenas dois jogos para sermos campeões mundiais, engana-se. O caminho foi bem mais longo… Foram necessários 53 jogos e 46 vitórias. Um aproveitamento espetacular de 87%, dificilmente visto em outras equipes do mundo.
Uma imagem que sempre tinha em minha mente desde que comecei a acompanhar o basquete era a do título do Sírio no Ginásio do Ibirapuera. Logo após o termino da partida houve uma invasão da torcida para comemorar com a equipe uma conquista histórica. Para mim, esse foi um símbolo de reconhecimento e gratidão pelo feito.
Trinta e cinco anos depois, o mesmo estava acontecendo comigo e minha equipe na Arena da Barra, quando conquistamos o tão esperado título mundial! Era chegada a hora de realizar um sonho!

Serei sempre grato ao Flamengo, e a todas as pessoas envolvidas, por poder vivenciar estes momentos de ÊXITO!

Fonte: http://www.flamengo.com.br/site/noticia/detalhe/26065/o-diario-do-comandante-do-mundial

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