Oscilação ofensiva: por que o ataque do Flamengo rende menos sem Pedro

O ataque do Flamengo vive queda de rendimento às vésperas de decisões cruciais. A ausência ou participação reduzida de Pedro tem se mostrado um fator determinante na perda de eficiência ofensiva do time rubro‑negro.

Números com e sem Pedro

Os números recentes deixam clara a diferença. Nos últimos cinco jogos em que Pedro teve participação reduzida, o Flamengo marcou apenas três gols, somando uma vitória, dois empates e duas derrotas. No período anterior, quando Pedro foi titular com mais frequência, a equipe contabilizou cinco vitórias e um empate, com o centroavante contribuindo com sete gols e duas assistências em seis partidas.

Essa oscilação ofensiva colocou pressão sobre Filipe Luís durante a pausa da Data Fifa. O treinador testou variações táticas, improvisou Bruno Henrique e Plata como referência e manteve Samuel Lino como peça mais constante, mas a efetividade do ataque caiu sem a presença mais regular do centroavante.

Decisões de Filipe Luís e o próximo desafio

Filipe Luís justifica suas escolhas com base na estratégia pensada para cada adversário, mesmo que as estatísticas indiquem maior eficiência com Pedro entre os 11. A relação entre treinador e centroavante já teve momentos de atrito, mas segue sendo peça-chave para o rendimento rubro‑negro.

“Tudo vai em função do nosso plano de jogo, das características que eu acredito que a equipe precisa para vencer. Independente dos números, dos nomes, idade, isso não importa. É a opção que eu acredito que a equipe precisa e qual o caminho para vencer”

Em julho, o técnico cobrou postura do atacante, afirmando que o jogador “deveria ser a solução, não o problema” e que seria titular “quando quisesse” — declarações que ilustram a cobrança e a esperança depositadas em Pedro para decidir partidas.

Com clássicos pelo Brasileirão e a semifinal da Libertadores pela frente — começando na quarta‑feira, 15/10/2025, contra o Botafogo — as próximas escolhas de Filipe Luís deverão priorizar eficiência ofensiva. O Flamengo precisa de gols, e Pedro aparece como parte central dessa equação: recuperar o poder de fogo passa por encontrar o equilíbrio entre o plano tático do treinador e o melhor uso do seu centroavante.