PAU NA MESA

É CLARO que teve grito de “MENGÔÔÔÔÔÔ” da janela, ao final do jogo de domingo. Afinal, foi MAIS UM título Carioca. Mas confesso que foi um grito diferente. A disparidade de forças é tamanha que chega a constranger. Hoje em dia, minha sensação é como se fossemos uma equipe de NBA disputando a NBB. Por isso, dessa vez, o grito foi mais para não perder o hábito e dar uma sacaneada na vizinhança de mau gosto que torcia contra. Mas, confesso, com certa dose de vergonha, pelo tamanho da covardia.

Aquele grito que sai lá de dentro mesmo (de maior duração ainda e no último volume) ficou guardado pra hoje, pela IMENSA importância que essa partida adquiriu. Um jogo que poderia ser mera formalidade, ou apenas um capítulo a mais na disputa pela liderança do grupo, se tornou absolutamente decisivo e fundamental.

E não precisava ser assim. Bastaria que tivéssemos evitado aquele Mico Uruguaio, em pleno Maraca batendo recorde de público. Algo que anulou completamente nossa façanha contra o San Jose, no andar mais alto do grupo.
Sinceramente, deixar a classificação, NOVAMENTE, para a última rodada …
Não quero NEM PENSAR nisso!

Fato é que demos UM BANHO de bola nesses nossos adversários de hoje no jogo daqui. Poderíamos ter metido uma meia dúzia neles. Portanto, mesmo se levando em conta a altitude de Quito, não há porque não imaginar que somos capazes de trazer um ótimo resultado de lá. Se não der pra ser o “Ótimo”, que seja o “Bom”, mas que essa classificação seja resolvida HOJE.

“Altitude” que realmente me preocupa é do centroavante deles (um tal de Anangonó), que não jogou aqui, com mais de 1,90 e artilheiro da equipe deles. Podem ir se preparando para assistir a insistentes levantamentos de bola na nossa área, o que, confesso, me causa certo desconforto. Um significativo desconforto, para ser totalmente sincero. Só que é um desconforto contornável. Basta nossa zaga estar com o tempo de bola certinho.

O que NÃO É contornável é ficar com menos um em campo, como SEGUIDAMENTE acontece conosco em Libertadores. É preciso que haja uma conversa SÉRIA com jogadores que costumam passar da conta em algumas jogadas ou em infrutíferas reclamações.

Essa nossa falta de malandragem já nos foi extremamente prejudicial e seria BURRICE não termos aprendido com os exemplos disponíveis no nosso histórico. Temos mais time, mais bola, mais banco, mais estrutura, mais dinheiro, mulheres mais bonitas etc., mas PRECISAMOS jogar com os 11, pô!

Só completos podemos contornar as dificuldades previstas e superar uma equipe muito menos capacitada que a nossa (está em um modesto 8º lugar no campeonato do seu país). Com nosso toque de bola, e alguma inteligência, podemos perfeitamente trazer os três pontos e ficar a um empate do 1º lugar no grupo, o que pode significar uma importante vantagem mais a frente.

Não será um jogo fácil, claro que não! Mas ele possui uma particularidade diferente das que nos habituamos a enfrentar e da qual poderemos nos aproveitar. Eles VÃO TER QUE vir pra cima da gente e vão nos fornecer espaços que não costumamos encontrar. Segurando a pressão inicial, que certamente haverá, nossa equipe possui a velocidade indicada para, através de contra-ataques, definir nossa classificação.

A verdade é que, se entramos nessa competição pensando em verdadeiramente DISPUTAR o Caneco (e, pelo investimento feito, acredito que sim), não temos o direito de nos deixar intimidar com altitude, atacante gigante, temperatura, chuva, arbitragem e nem mesmo a ausência do nosso treinador à beira do campo. Temos é que chegar já batendo com o Pau na Mesa, mostrando quem é o Flamengo e impondo a eles a mesma superioridade que demonstramos no jogo daqui.
Sendo assim …

PRA CIMA DELES, MENGÃO !!!

.

Fonte: null

Share this content: