Cadeiras na conta para todos os atletas em um espaço relativamente pequeno. Esta á a sala Pico da Bandeira, em que o técnico Reinaldo Rueda dará a preleção para os jogadores do Flamengo antes da final diante do Cruzeiro. Muito diferente do enorme salão opulento, com lustres de cristal e tapeçaria, chamado Centenário, que abrigou todo o grupo da seleção brasileira na véspera do 7 a 1 para a Alemanha, na Copa do 2014.
Desde então, o hotel Ouro Minas é referência em Belo Horizonte para hospedagem de equipes de futebol. No mesmo ano, o Flamengo ficou no local na eliminação para o Atlético-MG na mesma Copa do Brasil. As más recordações são tratadas como episódios isolados em um histórico recente positivo, segundo funcionários ouvidos pela reportagem.
Monaline Alvarenga, gerente de marketing, contou que as delegações que ficam no hotel costumam voltar e que o serviço deixa qualquer pé atrás pelo trauma do 7 a 1.
– A gente é considerado um hotel de sorte pelos times que ficam aqui. Temos dado sorte. Aquilo foi uma fatalidade – garante.
Mais do que sorte, o local oferece as condições ideais para atletas e comissão técnica. O Flamengo, assim como a seleção, fica em um andar exclusivo com todos os atletas. E tem outro á disposição para reuniões e alimentação. Com funcionários exclusivos e acesso limitado.
Desde a Copa do Mundo, o hotel investiu em melhorias e recentemente trocou a cor da piscina de dourado para azul – cor do Cruzeiro. A gerente garante que não é proposital.
– Todos aqui estão torcendo para o Flamengo – sustenta Monaline, ao lembrar que Belo Horizonte é reduto rubro-negro.
O trauma da seleção brasileira, conta a funcionária, não deixou nenhuma marca no hotel. Até porque depois da goleada para a Alemanha a delegação não retornou.
– Ficou a tristeza como brasileiro. Se tivessem voltado talvez tivéssemos sentido. Nosso dever foi cumprido – afirma a gerente.
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