O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, virou protagonista nas discussões sobre a volta do futebol carioca na última semana. Isso porque, em meio à pandemia do novo coronavírus, o mandatário tentou negociar uma autorização para que o clube voltasse a treinar na última terça-feira (21). A tentativa foi feita diretamente com o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. Infectado pela Covid-19, o chefe de estado se manteve firme e não liberou a retomada às atividades.
Por tentar voltar com as atividades no Ninho do Urubu mesmo em meio a este cenário, Landim foi bastante criticado. O jornalista Mauro Cezar, na edição do ‘Posse de Bola’, do Uol Esporte, de segunda-feira (20), disse que Landim perdeu ponto por essa tentativa. Para o comentarista, é inviável retomar qualquer atividade relacionada ao futebol neste momento em que os casos da doença e as mortes não param de crescer no país.
— Há gente do Flamengo que acha que o Flamengo pode jogar contra ele mesmo, não precisa de mais ninguém. Mas perceberam que não é assim. Com toda a organização, o poderio financeiro, time forte e tal, as coisas não funcionam assim. E acho que foi um ponto perdido aí para o presidente do Flamengo ao tentar, ou insistir com algo que era absolutamente inviável. E ainda bem que tem essa divisão lá dentro, você imagina todo mundo pensando dessa maneira -, disse.
No último sábado (18), o portal Uol divulgou que o desejo de Landim foi criticado, inclusive, por dirigentes que fazem parte de sua gestão. O vice-presidente de futebol, Marcos Braz, se colocou contrário à volta das atividades. Com a tentativa negada pelo governador e sem previsão de quando a bola volta a rolar, o Flamengo se viu obrigado a prorrogar as férias coletiva que concedeu aos seus jogadores e funcionários até o dia 30 de abril.