– Eu tenho uma carreira a zelar. A gente não chega da noite para o dia em jogos como esse. Eu jamais colocaria em risco para tentar salvar um jogo. Uma interferência externa para nós é algo muito grave. Não existe essa hipótese. E outra coisa: os bancos de reservas na Vila Belmiro ficam muito perto de onde fica o quarto árbitro. Se eu tivesse tido qualquer conversa com qualquer repórter, o banco do Santos veria e reclamaria. Pode notar que acabou o jogo e ninguém tocou no assunto, ninguém reclamou – completou o auxiliar.
Comandante do trio de arbitragem, Leandro Pedro Vuaden também deu entrevista e rechaçou a possibilidade de interferência. O juiz reconheceu que estava mais próximo ao lance, mas que o ângulo não lhe permitiu ter certeza absoluta da marcação. Ao consultar o quarto árbitro, confirmou que havia assinalado a falta de forma equivocada:
– A distância do quarto árbitro sim, é maior que a minha; porém, o ângulo de visão dele é melhor do que o meu. E o que eu fiz, o que eu precisava fazer, o que o futebol espera que seja feito, é buscar uma informação do quarto árbitro. Fui até ele e disse: “Me diz o que você viu”. Ele me disse: “Estou longe, mas para mim, a impressão que ficou é que pegou só a bola”. Ponto. Foi só isso que aconteceu, não fiz absolutamente mais nada. Simplesmente fui lá, anulei a marcação e reiniciei o jogo com um tiro de canto, que era como deveria ser reiniciado caso a marcação do pênalti não fosse confirmada. (…) Houve sim, e aí eu faço uma mea-culpa, uma precipitação minha em marcar, mas era o que, mesmo de forma tardia, eu acabei optando – contou Buaden.
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