O ranking da Conmebol 2026 colocou o Flamengo em segundo lugar, atrás do Palmeiras, e provocou surpresa na Nação rubro-negra mesmo após o tetra da Libertadores. Entender o funcionamento desse ranking é essencial para saber por que conquistas recentes, por mais importantes que sejam, nem sempre se traduzem imediatamente em liderança na lista continental.
Como funciona a pontuação da Conmebol
O ranking da Conmebol combina resultados recentes com histórico de longo prazo. A entidade considera o desempenho em competições continentais nos últimos dez anos, além de contabilizar participações e títulos desde a criação da Libertadores, em 1960. Ou seja, somam-se consistência e glórias históricas.
Além disso, a pontuação varia conforme a fase alcançada em cada torneio (fase de grupos, oitavas, quartas, semifinais e final) e recebe bônus por conquistas. Por isso, clubes com tradição e campanhas estáveis ao longo das décadas mantêm posições elevadas mesmo quando rivais vencem edições recentes.
Na atualização divulgada nesta segunda-feira (15), o Top-10 ficou composto por Palmeiras, Flamengo, River Plate, Boca Juniors, Peñarol, Atlético-MG, São Paulo, Nacional (URU), Racing e LDU (EQU). A presença forte de clubes brasileiros no topo reflete o domínio recente do país nas competições da Conmebol.
O que isso significa para o Flamengo
Para o Flamengo, estar em segundo no ranking da Conmebol 2026 não diminui o valor do tetra da Libertadores, mas evidencia que a pontuação continental privilegia trajetória e regularidade. Como campeão vigente, o Rubro-Negro já tem assegurada condição de cabeça de chave no pote A da próxima Libertadores, independentemente da colocação no ranking.
Por outro lado, a posição no ranking influencia o equilíbrio dos potes em sorteios futuros e pode impactar critérios de qualificação para torneios especiais. Manter-se entre os primeiros exige que o Flamengo combine novas conquistas com permanência competitiva nas fases finais das competições continentais.
O Mundial e a chance de recuperar pontos
O clube também pode somar pontos extras em torneios intercontinentais que forem contabilizados pela Conmebol. A participação do Flamengo na final do Mundial de Clubes contra o PSG, marcada para quarta-feira (17) em Doha, representa uma oportunidade de ampliar o prestígio internacional e, potencialmente, melhorar a pontuação em atualizações futuras.
Para a torcida, a conclusão é clara: o tetra reforça a força do elenco e a capacidade de decisão, mas o ranking da Conmebol reflete um cálculo mais amplo. Superar o Palmeiras no quadro continental exigirá continuidade de alto nível nas próximas temporadas e resultados consistentes tanto na Libertadores quanto em demais competições sul-americanas.
No curto prazo, a Nação pode comemorar o título e concentrar-se no Mundial; no médio e longo prazos, manter a competitividade será a chave para ascender definitivamente ao topo do ranking continental.