A renovação de Filipe Luís com o Flamengo está travada por um impasse salarial, e a diretoria corre contra o tempo para definir o futuro do treinador antes do fim do vínculo atual. A renovação de Filipe Luís já tem pontos chave alinhados — vínculo até 2027, bônus por metas e multa rescisória —, mas os vencimentos mensais e a comissão do empresário seguem como obstáculos que podem definir os rumos para 2026.
O impasse financeiro
O Flamengo reconhece o trabalho de Filipe Luís em 2025 e apresentou uma proposta de reajuste que, em caso de aceitação, tornaria o técnico entre os mais bem pagos do país. Ainda assim, a oferta ficou abaixo do que o estafe do treinador pediu, e a divergência sobre os valores mensais é o principal entrave nas conversas.
Além do salário, a comissão do empresário Jorge Mendes tem sido apontada como elemento de tensão. A diretoria entende que já atingiu o limite orçamentário e, por essa razão, José Boto passou a conduzir as negociações diretamente. Com o contrato vigente se encerrando na próxima quarta-feira, dia 31/12/2025, a pressão por uma definição aumentou e o Flamengo já prepara alternativas caso não haja acordo.
Plano B: Artur Jorge e alternativas avaliadas
Como plano B imediato, o clube tem no radar o português Artur Jorge, atualmente no Al-Rayyan, do Catar. A multa rescisória para tirá-lo do clube qatari é elevada — 6 milhões de euros (cerca de R$ 39 milhões) —, o que transformaria qualquer operação em movimento de alto custo e impacto financeiro.
Mesmo com Artur Jorge como alternativa, a prioridade interna continua sendo manter Filipe Luís no comando. A direção avalia diferentes cenários para tentar reduzir a discrepância entre oferta e pedido, incluindo ajustes no formato do contrato — mais variáveis por desempenho, bônus escalonados ou outras contrapartidas não salariais —, sempre respeitando o limite orçamentário apontado pela diretoria.
Consequências e calendário para 2026
A indefinição sobre a renovação de Filipe Luís influencia diretamente o planejamento do Flamengo para 2026. A escolha entre sacramentar um novo contrato com o treinador ou abrir processo para contratar um substituto de alto custo terá reflexos no mercado, na montagem do elenco e na estratégia financeira do clube.
Na sexta-feira, 26/12/2025, as movimentações continuam: o clube avalia alternativas internas e externas, o estafe mantém sua posição sobre a pedida salarial e José Boto segue como interlocutor principal. A Nação acompanha de perto, já que a decisão até o fim deste ano será fundamental para a definição do projeto técnico e das prioridades no próximo período.
Enquanto a diretoria trabalha nos bastidores para conciliar expectativas e orçamento, a torcida espera por uma solução que mantenha a estabilidade do comando e permita ao Flamengo seguir competitivo nas competições de 2026.