#Retrospectiva2018: “O Maraca é nossa casa”

Por: Carla Araújo

Um dos assuntos mais frequentes no ano, dentro e fora do Flamengo, foi a questão do estádio. Durante os meses, falou-se muito sobre a ideia de se construir um local próprio para os jogos do Rubro-Negro. Porém, a grande mudança em 2018 foi a rescisão de contrato, com a Portuguesa, no uso exclusivo da Ilha do Urubu, na Ilha do Governador. Antes da decisão, o clube da Gávea já havia feito um novo acordo com a concessionária do Maracanã, com vigor até o final de 2020. A partir dali, o Fla começou a chamar o estádio Mário Filho de casa, mandando suas partidas por lá.

FIM DA ILHA DO URUBU:

Em novembro de 2016, o Flamengo anunciou acerto de contrato para utilização exclusiva do estádio Luso-Brasileiro, até o fim de 2019. As obras da, então renomeada, Ilha do Urubu tiveram um investimento de cerca de R$ 15 milhões. O local tinha capacidade para 22 mil pessoas e foi inaugurado em junho de 2017. De lá até o fim do contrato, em julho deste ano, o Rubro-Negro disputou 20 partidas no estádio, com 15 vitórias, dois empates e três derrotas (78,3% de aproveitamento). O clube anunciou o rompimento de contrato via nota oficial:

“Diante do comparativo dos custos de operação dos jogos, o Conselho Diretor entendeu não fazer sentido manter em operação uma segunda estrutura esportiva. O acordo com a Portuguesa foi assinado em janeiro de 2017 para que o Flamengo pudesse mandar seus jogos no Rio de Janeiro e evitar o desgaste das viagens constantes que marcaram o ano de 2016, quando o Maracanã e o Engenhão não estavam disponíveis para o clube”

Em 2018, o Fla praticamente não mandou partidas na Ilha. A decisão de rescindir contrato veio, inclusive, após longo período de espera para resolução de um problema estrutural no estádio. Durante um temporal, em fevereiro deste ano, postes desabaram no campo e deixaram o local impossibilitado de ser utilizado. O clube entrou com uma ação, destacando em nota que a rescisão “não prejudica a demanda judicial já devidamente ajuizada, em face das empresas envolvidas na queda da torre de iluminação, buscando ressarcimento dos prejuízos causados”.

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MARACANÃ COMO CASA OFICIAL:

Em junho deste ano, o Flamengo anunciou um acerto com a concessionária do Maracanã. O novo contrato tem vigor até o fim de 2020, com multa rescisória de R$ 6 milhões para clube e estádio. No entanto, em caso de nova licitação ou concessão, o Rubro-Negro não precisará arcar, em caso de rompimento. Outra exigência é um mínimo de 25 jogos por ano no local. Desde o acordo, o Fla realizou todas as suas 16 partidas como mandante no estádio. Antes de assinar o contrato, o clube havia mandado 11 no Mário Filho (um total de 27 em 2018).

Vale lembrar que, além do Flamengo, o Fluminense também tem um acerto com o estádio, ou seja, não é um contrato de exclusividade na utilização. Os dois são mandantes de jogos no Maracanã. Até por conta disso, mudanças estruturais externas que levem cores dos clubes não estão previstas, apenas modificações internas. O acordo do clube da Gávea prevê ao Rubro-Negro o pagamento de 15% da renda bruta pelo aluguel, com teto de R$ 700 mil por partida, e o mínimo de R$ 200 mil. Em jogos de menor apelo, o Fla pagará R$ 120 mil.

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Fonte: https://colunadoflamengo.com/2018/12/retrospectiva2018-o-maraca-e-nossa-casa/

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