#Retrospectiva2018: Pipoca, banana e café: os protestos e as reações

Por: Carla Araújo

Não é de hoje que a torcida do Flamengo cobra o clube, de inúmeras maneiras, pelos maus resultados do time em campo. No entanto, este ano, algumas situações inusitadas aconteceram quando os assuntos foram “protestos de torcedores” e “reações do elenco”. Do Ninho do Urubu ao aeroporto, de janeiro a dezembro: as tradicionais faixas e pichações não deixaram de existir, mas ficaram em segundo plano. Em 2018, teve pipoca, banana e até café.

Os principais protestos incisivos ocorreram em abril. No dia 19 daquele mês, os muros da sede da Gávea foram pichados durante a madrugada, pouco depois do empate do Flamengo com o Santa Fe, no Maracanã, pela Copa Libertadores. Houve pedido de raça e sangue ao time, mas também teve crítica específica a jogadores e diretoria: Diego, Arão e o então presidente, Eduardo Bandeira de Mello, foram “lembrados” pelos torcedores, que pediam a saída destes do clube.

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No entanto, alguns dias depois, o clima ficou ainda pior entre torcida e elenco. Em 26 de abril, teve grande protesto no desembarque do time, no aeroporto do Galeão, após mais um empate diante do Santa Fe, dessa vez na Colômbia. Os principais alvos de ofensas foram Bandeira e o então treinador Barbieri. Torcedores socaram o ônibus e ameaçaram a delegação, dizendo que não parariam enquanto o clube não voltasse a vencer.

A impaciência da torcida do Flamengo havia se transformado em caos. Em 27 de abril, muitos protestos aconteceram. Primeiro, o alvo foi o Ninho do Urubu. Torcedores penduraram faixas com os dizeres: “Premiação de quê?” e “Presidente banana, time pipoqueiro”. Além disso, jogaram pipocas e cascas de banana na entrada do CT. Naquele mesmo dia, o pior ainda iria acontecer, no embarque da delegação rubro-negra em direção à Fortaleza.

A torcida estava presente em peso no aeroporto e se aglomerando de maneira que os atletas não conseguissem “fugir”. Na descida do ônibus, torcedores jogaram pipocas em direção aos atletas, que tiveram que ser escoltados pelos seguranças. Por muito pouco, não foi evitado que o pior acontecesse. O meia Diego quase foi agredido fisicamente. Com o tumulto instalado, o goleiro Diego Alves ainda arremessou um copo de café em direção aos protestantes, o que piorou a situação. O aeroporto acabou depredado.

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Aeroporto é tomado por torcedores indignados, que ameaçam atletas (Reprodução/EI)
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O Flamengo voltou a vencer e a torcida deu uma trégua, que durou até setembro. No dia 02, a derrota para o Ceará, em pleno Maracanã, fez os torcedores se revoltarem. Ao final da partida, gritos de “Time sem vergonha” e “Bandeira, vai se f***, o meu Flamengo não precisa de você” ecoaram no estádio. No dia 16, no desembarque da delegação, após empate com o Vasco, em Brasília, um grupo de protestantes criticou a equipe. Diego respondeu as ofensas: “Estou fazendo o meu. Faço o que tem que fazer”. Foi o último protesto incisivo de 2018.

Fonte: https://colunadoflamengo.com/2018/12/retrospectiva2018-pipoca-banana-e-cafe-os-protestos-e-as-reacoes/

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