No próximo domingo (8), o Brasileirão 2019 viverá sua rodada derradeira, de número 38. Foram oito meses de jogos emocionantes, belos gols, polêmicas de arbitragem, briga intensa pelas vagas à Libertadores… Tudo para chegarmos ao último final de semana de futebol brasileiro sem grandes disputas em aberto. Apenas quatro dos 20 clubes da Série A ainda brigam por algum objetivo na última rodada: Botafogo e Fluminense disputam a última vaga na Sula, enquanto Ceará e Cruzeiro batalham contra o rebaixamento.
É fato que esta edição do Brasileiro foi atípica, mais nivelada por baixo em comparação às anteriores. O Flamengo sobrou demais na corrida pela taça, e o número excessivo de vagas continentais para clubes brasileiros gerou uma certa ‘acomodação’ em equipes como São Paulo, Internacional, Grêmio e Corinthians, que mesmo em suas oscilações e instabilidades, pouco estiveram ameaçadas de deixar o grupo dos oito primeiros. Até mesmo o Furacão, de campanha impecável em solo nacional nesta temporada, focou atenções à Copa do Brasil e garantiu classificação ao principal torneio do calendário sul-americano por essa via.
Desta forma, teremos uma rodada 38 esvaziada, recheada de times mistos, reservas e atletas pouco conhecidos do grande público. Muitos treinadores a utilizarão como ‘laboratório’, já pensando no planejamento de 2020. A emoção deve se limitar aos confrontos entre Cruzeiro x Palmeiras, Ceará x Botafogo e Fluminense x Corinthians, por serem os jogos que envolvem clubes que ainda têm uma ‘missão’ na competição.
Esse desfecho ‘melancólico’ tem a ver com a estrutura da competição, com o inchaço de vagas para a Libertadores via Série A e com o desnível entre grandes, médios e pequenosna elite do futebol nacional. Todos esses fatores são muito profundos e de difícil adaptação/mudança, ou seja, estamos sujeitos a cada vez mais rodadas derradeiras pouco competitivas.
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