Rogério Ceni segue como técnico do Flamengo. Ao menos, até o término do Campeonato Brasileiro e se nenhuma reviravolta grave dentro ou fora de campo acontecer. Mas a situação não é tranquila. O treinador, apesar de ser respaldado publicamente pela diretoria rubro-negra, dificilmente permanecerá no início da próxima temporada se não conquistar o título e nomes já estão estudados na Gávea.

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A derrota por 2 a 1 para o Athletico, no último domingo, na Arena da Baixada, aumentou a insatisfação sobre o trabalho. Apesar de bem visto internamente pelas pessoas que trabalham no Ninho do Urubu, a falta de resultados e as decisões à beira do gramado são questionadas. Porém, faltando apenas sete rodadas para o término do torneio, o momento não é visto como propício para a troca.

As principais reclamações sobre a Ceni tem a ver com decisão esportivas. Por que Gabigol e Pedro não podem jogar juntos? Por que titulares titulares que caíram de rendimento, como Everton Ribeiro, são mantidos? Por que a opção por César no gol e a barração de Hugo Neneca diante do Ceará? e o que explica as alterações durante a derrota para o Athletico?

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Se um dia o nome de Ceni foi unanimidade entre as alas da política do Flamengo, hoje o clima de insatisfação está presente em quase todas elas. Há mesmo quem defenda a demissão, mas é minoria. A diretoria está ciente de que não existe um problema direto entre Ceni e os jogadores do elenco, o que favoreceu na decisão de mantê-lo, ao menos, até o término do Brasileiro.

Caso Ceni caísse, a opção seria apostar em comandantes que estão no clube. Marcelo Salles é usado como exemplo por quem defende a saída do treinador pelos bons resultados em 2019, quando Abel Braga pediu demissão — o “Fera”, porém, deixou o clube em 2020. A bola da vez seria Maurício Souza, do Sub-20, mas o entendimento é que não é o momento certo para ele assumir o clube.

Rogério Ceni retoma seu trabalho com o elenco do Flamengo na terça-feira, de olho no duelo com o Grêmio, quinta-feira, em Porto Alegre, o jogo adiado da 23ª rodada.