Se não for para trazer unanimidade, nem traga!

Aristóteles certa vez disse: “A maneira mais simples de ter um Flamengo forte é não contratar perebas”. Ou seja, um velhinho pensador, grego, mais precisamente de Atenas, república de poetas, abraço Túlio, que nunca pisou num campo de futebol, já sabia a fórmula secreta para um Flamengo forte.

Não. Claro que Aristóteles jamais dissera isso. Mas é tão claro que, se o tivera dito, não seria surpresa. O Flamengo foi às compras e a paúra que se instaura é Rodrigo Caetano retornar com um monte de perebas na bagagem. É óbvio que não falo de Everton Ribeiro. Estou falando dos nomes ventilados que não são unanimidades.

Antes de deitar o verbo sobre os nomes em si, e aproveitando o manual de Fábio Monken, gostaria de imaginar que a cota de perebas da gente está repleta. Na verdade transborda. Por isso, já que vai gastar dinheiro, já que vai comprar jogadores e não apenas aproveitar uma oportunidade de mercado, que o faça direito.

Sabemos que não há uma ciência exata quando o assunto é contratação, mas há pequenos macetes para torná-la menos arriscada.

Passo 1: Primeira coisa importante é observar o próprio time. Onde vai mal? Que posição pode melhorar? Tem algum jogador que não está apresentando o que pode? Por quê? Será que ele sairá dessa fase? É melhor buscar outro clube ou liberá-lo? Essas perguntas são importantes de serem feitas para montar a equipe. Feito isso, próximo passo.

Passo 2: Decidido a buscar uma nova peça, é mister definir que tipo de contratação se quer fazer. É uma contratação para compor elenco? Passe! Para isso serve a base. A não ser que uma catástrofe aconteça e o clube só tenha perebas, inclusive na base, este recurso não será necessário. Que outro tipo de contratação existe? Se pode contratar uma aposta ou uma unanimidade. Ainda temos espaço para apostas? No momento não parece. Então se vai contratar uma peça, automaticamente ela tem que ser melhor que a que temos. Por exemplo, vamos contratar um meia. É melhor que Diego? Não? Passe! Próximo passo.

Passo 3: Feita a contratação é importante avaliar quantas peças o elenco possui para aquela posição. Se o número é até 3, ok. Você já está preparado. Se o número é maior, alguém tem que sair. Esse item só se excetua a posição de goleiro. Por exemplo, para a posição de ponta direita possuímos Ederson, Gabriel, Thiago santos, Berrio e Everton Ribeiro. São cinco nomes. Dois devem sair.

É por esse motivo, meus amigos, que sou contra a vinda de Rodolpho. É, com muito boa vontade, uma aposta. E já fizemos mais apostas que poderíamos. Jogador que fez cirurgia recentemente e viria primeiro se recuperar, não apetece. Mire num jogador melhor que Réver e Donatti.

Pelo mesmo motivo Geuvanio não deveria ter seu nome na pauta. Por que não tentar Gabigol? Por que não Anderson Martins? Miranda já foi ventilado, houve proposta? E Diego Alves? Tá certo que joga em ótimo lugar, mas aceitaria retornar? A obrigação é falar com o jogador e não ficar conjecturando se seria o seu desejo.

No mesmo pé podemos descartar Walter, Maicon Bolt e tantos outros que não são melhores do que os que lá estão. CHEGA DE JOGADORES PARA COMPOR! CHEGA DE APOSTAS. Nós não aguentamos mais isso, Flamengo,. E o dinheiro vai para o ralo…

E você? Concorda? Discorda? Tem algum nome interessante aí? Vamos papear!

Anderson Alves, O otimista.
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Fonte: http://colunadoflamengo.com/2017/06/se-nao-for-para-trazer-unanimidade-nem-traga/

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