Vanderlei Luxemburgo? Cuca? Dorival Júnior? Que nada! A opção por um técnico medalhão no Botafogo parece estar definitivamente abolida de sua política de futebol. E a contratação de Marcos Paquetá apenas evidencia esta convicção.
Depois de quebrar a cara em 2016 com o Jair (Sim, em 2016 ele deu certo), eu não falo de nenhum treinador. Infelizmente nós torcedores não somos ouvidos. Se Paquetá de fato for o treinador do Botafogo, que faça um bom trabalho.
— Daniel Nogueira (@daninogueirabfr) June 26, 2018
Desconhecido do grande público brasileiro, ele foi o escolhido para substituir Alberto Valentim, que acabou deixando General Severiano ao aceitar uma proposta do mundo árabe. Só que esta é uma ideia que já vigora há um bom tempo no clube da estrela solitária. Mais precisamente, desde 2014. Na ocasião, quando o então eleito presidente Carlos Eduardo Pereira assumiu um time rebaixado à Série B, resgatou um treinador que estava esquecido: René Simões. Quando se viu obrigado a demiti-lo em função de um momento ruim, trouxe Ricardo Gomes. Este tinha tudo para estar no grupo dos nomes mais badalados, mas se encontrava em recuperação de acidente vascular cerebral e aceitou receber um salário bem abaixo dos concorrentes. Com ele, o Fogão voltou à elite do futebol brasileiro, mas o treinador não ficou até o fim do campeonato do ano seguinte.
Paquetá será ou a salvação do Botafogo ou a crucificação do “Mais Botafogo”
— Sandro (@SANDROBFR) June 26, 2018
Foi aí, então, que surgiu Jair Ventura, até ali um “mero” assistente. O profissional levou a equipe à Libertadores de 2017 e chegou nas quartas de final. Quando optou por deixar o clube e ir para o Santos, no último mês de dezembro, deu lugar ao também jovem Felipe Conceição, que não conseguiu dar sequência ao trabalho e foi eliminado de forma vexatória pela Aparecidense-GO na primeira fase da Copa do Brasil. Porém, o agora comandante Nelson Mufarrej não abriu mão de manter sua política. Vieram Valentim, que levantou a taça do Estadual quando ninguém esperava, e agora Paquetá, que não trabalha no Brasil desde sua passagem pelo Avaí, em 2004. Aos 59 anos, tem uma carreira consolidada no Oriente Médio e, por último, estava na Índia. Pois agora tem a chance de treinar um dos grandes do Brasil. Enquadrado em uma ideia, ao menos, ele está.