Apesar de ser um dos clubes mais estruturados do Brasil, o Flamengo também sofreu com os impactos econômicos da pandemia do novo coronavírus. Sem público nos estádios há um ano, o Mais Querido perdeu suas receitas de bilheteria e precisou readequar o orçamento. Sem perspectiva de volta da torcida, o ano de 2021 não será diferente.
O projeto de orçamento para 2021, produzido em agosto do ano passado, previa o retorno do público aos estádios, mas contava com cenário diferente no país. Em visão otimista, a diretoria rubro-negra esperava a população vacinada no início do ano e a volta da Nação ao Maracanã já no mês de Abril. Sem tal possibilidade, o clube tenta readequar as receitas para a temporada e projeta metas ambiciosas na principais competições.
Nesta segunda-feira (29), o vice-presidente financeiro do Flamengo, Rodrigo Tostes, concedeu entrevista ao podcast “Dinheiro em Jogo” e falou sobre as metas do Clube da Gávea. Segundo ele, será necessário um desempenho esportivo semelhante a temporada histórica de 2019 para bater a projeção de orçamento. No mínimo, o Rubro-Negro deve chegar nas semifinais na Libertadores e na Copa do Brasil, além do vice no Brasileirão.
– Se a gente não chegar nessas posições, tem que compensar de outra forma. Se ultrapassar, vem como um “plus” para o orçamento. Aconteceu em 2019, como todo mundo sabe, e no ano de 2020 tivemos algumas frustrações, mas que foram compensadas com outras linhas.
Além da expectativa pelo bom desempenho dentro de campo, a diretoria rubro-negra prevê boa arrecadação com venda de atletas. Somadas as negociações de Yuri César, Lincoln, Thuler e Natan, o Flamengo espera arrecadar cerca de R$ 168 milhões. Vale lembrar que Natan foi emprestado ao Bragantino, com cláusula obrigatória de compra ao fim do contrato, caso o zagueiro complete o número de partidas pré-estabelecido.