Da falta de confiança gerada pelas falhas cruciais à referência na zaga sob o comando de Rogério Ceni, assim se faz a passagem de Gustavo Henrique pelo Flamengo em 41 jogos. O defensor foi titular em 16 partidas após a saída de Domènec Torrent e, em 2021, se torna uma das peças-chaves de um setor ainda desfigurado.
O setor defensivo, bastante questionado em 2020, é onde o Flamengo mais sofreu alterações até o momento. Na última segunda-feira (15), Natan se despediu do clube rumo a Bragança Paulista, e Thuler, outra cria do Ninho, também está de malas prontas com destino ao Montpellier. As negociações podem render cerca de R$ 45 milhões aos cofres da Gávea.
Entre partidas, o clube também se modifica pelas chegadas. O zagueiro Bruno Viana, de 26 anos, emprestado pelo Braga, desembarca no Flamengo com a missão de encontrar espaços para se firmar na titularidade.
Além disso, Rodrigo Caio, intocável em sua posição, se recupera de uma grave lesão e deve demorar para estrear na temporada. Assim, Gustavo Henrique ganha a responsabilidade de ser o zagueiro de origem referência para o treinador rubro-negro – muito provavelmente ao lado de Arão, improvisado no setor.
O Flamengo sofreu 16 gols com Gustavo Henrique na zaga sob o comando de Rogério Ceni. Atuou seis vezes ao lado de Willian Arão e foi vazado apenas em duas. Em outra oportunidade, entrou como substituto de Rodrigo Caio.
Em meio às incertezas no setor, é pouco provável que Rogério Ceni faça muitas mudanças e se arrisque além do óbvio. Com isso, Gustavo Henrique encara a temporada 2021 como a maior chance de se firmar e, quem sabe, se tornar unanimidade entre torcedores.