Setor de inteligência do Flamengo perde analistas em sequência e clube minimiza importância

As estatísticas que orientaram o goleiro Alex na final da Copa do Brasil partiram da Central de Análise de Desempenho do Flamengo, que desde 2015, com a saída do analista-chefe Rafael Vieira, para o Cruzeiro, perdeu qualidade, segundo profissionais que passaram pelo departamento.

Na época, diretoria não quis dobrar o salário de Rafael Vieira e entendeu que outros profissionais poderiam exercer a função. Em seguida, liberou seu substituto, o analista Bebeto, para a China. Há alguns meses, o penúltimo chefe, Eduardo Bressane, analista que trabalhou com o técnico Zé Ricardo, seguiu para a CBF.

O chefe datualmente é Marcos Biasoto e o principal analista é Wellington Sales. Igor Oliveira e Fabrício Souza são dois auxiliares que também trabalham no setor, e foram contratados na gestão do analista Rafael Vieira, referência do mercado, hoje campeão da Copa do Brasil.

Wellington Salles, atual analista principal

Os auxiliares têm vencimentos mais baixos e acumulam funções que antes eram exercidas por um só profissional, como a de cinegrafista. O clube entende que a área é importante, mas não essencial. Já o Cruzeiro, investiu mais.

Em Minas, Rafael Vieira repetiu o que fez no Flamengo anos antes, montou equipe e comprou equipamentos para o profissional e a base do clube. A função do analista inclui preparar os dados para treinadores e jogadores. O Flamengo cresceu o departamento com a criação do Centro de Inteligência e Mercado.

A parte do departamento ligada à análise teve a importância limitada e o custo diminuído. O clube entende que a função é abastecer de informação, não orientar na decisão. Oficialmente, o Flamengo não quis responder a reportagem sobre a saída dos profissionais do setor.

Fonte: https://extra.globo.com/esporte/flamengo/setor-de-inteligencia-do-flamengo-perde-analistas-em-sequencia-clube-minimiza-importancia-21891558.html

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