Na noite da última sexta-feira (13), uma declaração um tanto quanto questionável por parte do Governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, gerou incômodo em jornalistas, torcedores e jogadores de futebol. Ao minimizar o risco de exposição dos atletas em partidas com portões fechados, o gestor irritou diversos personagens do futebol carioca, dentre eles Leandro Castán, que fez questão criticar publicamente o Governador.
Grande Capitao. Infelizmente temos um celerado ocupando o governo do Estado. TMJ façam uma paralisação geral. Essa forma de tratamento que se deu aos atletas é um absurdo. Rubinho e Witzel foram lamentaveis
— ✠ Gouviães – Tarouca ◤✠◢ (@Marcelo_Osorio) March 14, 2020
O posicionamento público do capitão do Vasco foi apoiado por membros da imprensa, atletas e também pelo Sindicato de Atletas de Futebol do Rio de Janeiro (Saferj). O Globoesporte entrou em contato com o presidente da entidade, Alfredo Sampaio, que endossou o posicionamento crítico à polêmica fala de Witzel.
“O Saferj apoia integralmente a posição do Castán. Acho que realmente o governador teve uma fala infeliz. Infeliz e injustificável porque colocou os atletas como se fossem um grupo à parte do problema da população. A gente tem a expectativa de que o governador faça uma retratação e explique a fala que ele reproduziu (…) Realmente não cabia o que ele falou. Foi uma surpresa bem desagradável“, afirmou.

O mandatário ainda atualizou como a entidade tem atuado para preservar os atletas em meio ao surto de coronavírus. O objetivo é a paralisação dos torneios: “Ontem [sexta], no final do dia, nós conversamos com os capitães, e todos eles externaram preocupação. Nós vamos defender a tranquilidade dos jogadores em relação ao vírus. Então vou passar o dia de hoje atrás do Rubens Lopes e do Feldman para a gente tomar alguma decisão conjunta pelo menos para a próxima semana”, concluiu.