A Ferj vem se comunicando com representantes dos clubes para discutir uma possível retomada do Estadual no mês de maio, com portões fechados. Nesta quinta-feira (16), o Sindicato dos Atletas do Futebol do Rio de Janeiro (SAFERJ) divulgou uma nota aceitando o retorno do Campeonato Carioca, mas afirmou que a medida só será tomada com a autorização dos jogadores e com garantias de segurança dos governos Estadual e Federal.
Várias videoconferências foram realizadas entre os clubes e a entidade, de modo a tentar solucionar, o mais rápido possível, a questão do retorno da competição. No entanto, com a ausência de previsão da volta das atividades, houve um questionamento sobre a mudança no formato do campeonato. Todavia, as equipes decidiram, por unanimidade, disputar todas as rodadas que faltam para o término do Carioca, para que o campeão seja conhecido ‘dentro de campo’.
O retorno da competição gira muito em torno da dificuldade financeira dos clubes por causa da pandemia Mundial do novo coronavírus. Com a suspensão do Campeonato, os times não têm recebido os valores referentes à cota de TV, o que ‘prejudica’ os cofres, principalmente das equipes menores.
Confira a nota:
“O Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Rio de Janeiro – SAFERJ, está participando das reuniões com a FERJ – Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro -, e com os clubes a ela filiados, incluindo os seus respectivos departamentos médicos. Essas reuniões visam buscar as condições ideais para o possível retorno do futebol profissional no nosso Estado.
O SAFERJ vê com naturalidade a intenção de retomarmos o campeonato, sem deixar, porém, de analisar todos os cenários e sempre priorizando as melhores condições de segurança para todos envolvidos.
Nossa diretoria está monitorando permanentemente todas informações geradas pelas autoridades de saúde, o que dará embasamento, ou não, para concordarmos com datas futuras definidas para a retomada do campeonato. Será necessário que os interesses desta retomada estejam harmonizados com as recomendações das autoridades publicas de saúde.
Apesar da pertinente preocupação dos clubes, federação e confederação, e de todos os atletas por nós representados, com o destino do futebol brasileiro ao longo do ano, e com todos os desdobramentos negativos que estão ocorrendo como, por exemplo, perda de receita, perda salarial, desemprego, o SAFERJ, não se afastará da obrigação de preservar o atleta de futebol, entendendo assim, que só aceitará o retorno das atividades mediante autorização e anuência dos atletas, bem como, com a garantia das autoridades “municipal, estadual e federal”, que as atividades em grupo não implicarão em mais risco para os atletas.
Temos que zelar pelo futebol carioca, por nossos atletas, por nossos torcedores, por nossos dirigentes, pelos membros das comissões técnicas, e por todos aqueles que contribuem de forma efetiva para o desenvolvimento do futebol em nosso Estado.”