O Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) agendou para esta quinta-feira (29) a audiência destinada a ouvir o depoimento de Bruno Henrique, atacante do Flamengo. O atleta é objeto de uma investigação por suposto envolvimento em esquemas de apostas. É importante ressaltar que, além do jogador identificado como camisa 27, mais nove indivíduos também serão convocados para prestar esclarecimentos ao órgão de Justiça.
Uma primeira audiência havia sido marcada para a última segunda-feira (26). Contudo, Bruno Henrique não conseguiu comparecer para prestar seu depoimento, uma vez que o jogador estava em treinamento no CT Ninho do Urubu no momento. Isso ocorreu porque o STJD alterou o horário da sessão em três ocasiões, o que acabou surpreendendo o camisa 27.
Após a suspensão do inquérito devido à falta de provas, o STJD reabriu o processo contra Bruno Henrique após a Polícia Federal divulgar novas informações acerca do envolvimento do atleta com esquemas de apostas. De fato, a PF descobriu conversas entre o atacante e seu irmão, Wander Júnior, nas quais ambos discutem a possibilidade de o camisa 27 receber um cartão amarelo em uma partida específica.
Bruno Henrique é acusado de estar envolvido com esquemas de apostas após receber cartão vermelho no jogo entre Flamengo e Santos, em 2023. Naquela ocasião, o jogador recebeu seu primeiro cartão amarelo por tentar ‘agredir’ Soteldo, após ser driblado pelo atacante. Logo em seguida, o camisa 27 desafiou o árbitro Rafael Klein, que decidiu expulsá-lo. Na súmula da partida, o juiz relatou o ocorrido e mencionou que o atleta do Fla proferiu as seguintes palavras: ‘Você é um m*’.
Investigado por manipulação de resultados em casas de apostas, Bruno Henrique está sob a mira de uma operação da Polícia Federal. Assim, caso a participação do jogador seja confirmada, o atacante do Flamengo poderá ser processado por crime contra a incerteza do resultado esportivo, uma conduta prevista na Lei Geral do Esporte. Por fim, segundo informações do Ministério Público, a pena para tal crime varia de 2 a 6 anos de reclusão.
Publicado em colunadofla.com