Um ano e meio depois, o público voltou ao Maracanã no jogo do Flamengo contra o Grêmio pela Copa do Brasil na noite desta quarta-feira. Mas o evento-teste, com a presença de mais de cinco mil torcedores, deu mostras que a liberação da prefeitura do Rio para 50% do estádio no jogo contra o Barcelona (EQU), pela Libertadores, na próxima quarta-feira, é uma aposta de risco.

Desde a última partida com torcida na cidade, exatamente diante do mesmo adversário, pela competição sul-americana do ano passado, o Maracanã não recebia essa quantidade de pessoas. O protocolo implementado em Brasília pelo Flamengo não teve a mesma facilidade no Rio. A empolgação do torcedor, sobretudo no setor Norte, levou a uma aglomeração descontrolada, apesar dos apelos de orientadores e seguranças, e até do locutor do estádio, que pedia distanciamento e utilização só de assentos marcados.

Em que pese a exigência de vacinação e teste de Covid-19 negativo, a estratégia de separar os lugares com o intervalo de no mínimo uma cadeira não funcionou. Havia vários torcedores sem máscara, inclusive no camarote do Flamengo. Muitos alertados pelos orientadores diziam estar consumindo bebida ou comida. Apesar das cenas, não houve relatos de confusão dentro e fora do estádio. O acesso foi tranquilo, com utilização de álcool e equipamentos de proteção por parte dos orientadores.

Nos demais setores além do norte superior, o espaçamento e o comportamento dos torcedores foram mais controlados. No leste, a maioria obedeceu a marcação das cadeiras. Sul e Oeste também, com muito menos gente. Realidade que não deve se repetir na partida da Libertadores, com permissão de quase 35 mil ingressos vendidos, e um apelo muito maior.