Vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee de Abranches trouxe novidades sobre a busca do Flamengo por um novo patrocinador master. Em entrevista para a Rádio Globo, o dirigente rubro-negro declarou que o clube recebeu mais de uma proposta para o espaço master do uniforme e que a definição deve acontecer na próxima semana. O clube tem conversas avançadas com a Amazon, e as Americanas também apareceram como opção.

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— Uma semana já vai estar definido, pelo que acho. Não passa disso. Tivemos mais de uma proposta apesar da pandemia. Graças a Deus o Flamengo está despertando o interesse nessa área. Já definimos como é que vai ser, já estamos na fase de trocar minuta e nos próximos dias vai ter notícia. Tenho que guardar sigilo — declarou Dunshee.

Dunshee também falou sobre o acerto com a família de Daniel Pisetta, que aceitou o acordo proposto pelo Flamengo e se tornou mais uma família a fechar acordo com o clube. Porém, criticou as declarações recentes do ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello, que se defende das acusações do incêndio afirmando que “colocaria seus filhos para dormir nos contêiners”.

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— Encontrei algumas famílias na CPI, foi bom para quebrar o gelo. Uma foi a família Pisetta, lá eu falei que iríamos voltar a conversar. Foi bom porque a gente se aproximou e ficamos conversando. As conversas foram evoluindo e gerou esse acordo. Queremos que todas as famílias se entendam com  o Flamengo e virar essa página para que as famílias possam prosseguir as suas vidas tranquilas e serenas — declarou Dunshee sobre o acordo.

— Sobre o Eduardo [Bandeira de Mello], acho que está mal orientado. Para começar. Acho que quando você está sendo acusado de cometer um crime, primeira coisa é dizer que é inocente e se defender perante as autoridades competentes. Ele disse que os alojamentos eram maravilhosos, perfeitos e colocaria os filhos lá. Está mal orientado, parece até brincadeira. Mesmo que ele entendesse que são adequados, não deveria falar por respeito as familias. Isso prejudica a imagem dele, desreseita a imagem do Flamengo e as familias que não conseguem virar a página. Acho que ele não fez por mal, ele pode ser condenado ou absolvido, mas não está se posicionando da forma correta — completou sobre Bandeira.

Ninho do Urubu volta a ser palco de treinos do sub-14 rubro-negro Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

Confira outras respostas do VP do Flamengo:

Projeto para assumir o Maracanã:

— Entregamos o projeto do Flamengo que é o PMI (Projeto de Manifestação de Interesse). O Flamengo defende que o Maracanã tem uma vocação esportiva, o complexo tem que ser maximinizado para utilização esportiva em todos os seus espaços. O Flamengo defende o Célio de Barros, o Julio de Lamare, o Maracanãzinho, tudo com uma excelenet utilização esportiva. Existente outros concorrentes, outros projetos, mas o do Flamengo tem esse enfoque.

Treinos no Ninho do Urubu:

— Estudamos a legislação toda. Identificamos que não existia um dispositivo que proibida um Centro de Treinamento. Havia proibição a academias ou espaço de ginástica. O que existia de efetivo é que não poderia ser uma aproximação de dois metros entre as pessoas porque isso configuraria aglomeração. Entendemos que, no decreto, havia uma recomendação de que fosse priorizado o home office. Contratamos um escritório terceirizado e a conclusão foi a mesma que a nossa. Fizemos recuperação musuular e fisioterapia. O maior patrimônio que o Flamengo tem hoje em dia é o seu elenco. Não tem como ficar em casa e fazer um treinamento com carga cardiovascular boa. Você precisa ir a exaustão. Estamos treinando com bola agora porque a determinação permite.

CPI do Incêndio do Ninho do Urubu:

— Acompanhamos todo o inquérito com atenção. Agora estamos aguardando a manifestação do Ministério Público. A gente evita entrar nos detalhes desse assunto porque é uma questão que temos que estar defendendo na Justiça criminal, da polícia. Eu, pessoalmente, acho que foi um lamentável acidente. Entendo a tese do delegado, que atribuiu a responsabilidade para algumas pessoas, mas acho que a relação de causa e efeito está muito distante. A minha opinião pessoal é de que foi um acidente. Nem sempre tem que ter evento de morte com um responsável. Mas respeito opiniões diversas.

Torcedores que o pedem para censurar a imprensa:

— De fato, eu sou marcado nessas questões para fazer uma atuação, mas a minha família veio do jornalismo. Meu pai, minha tia, respeito demais a liberdade de imprensa. Jamais estarei aqui para censurar a imprensa. Não ser criticado. O papel da imprensa é criticar e nem eu nem Landim achamos que não deve acontecer isso. Mas, em algumas situações, as pessoas exageram. Teve um que chamou a gente mau caráter, aí não dá. Eu tenho família, tenho filhos. Outro disse que tínhamos um sistema de pirâmide, sem a menor prova. Somos auditados por uma ‘Big 4’, entramos com processo.

Trabalho na quarentena:

— Tem sido um momento de muito trabalho, de muita atividade no clube no ponto de vista jurídico e negocial por conta da pandemia. Houve muitos efeitos sobre os contratos de jogador, renegociação, contratos de patrocínio, do dia a dia. Agora as coisas estão voltando a entrar nos eixos. Foi um susto, né? A atividade foi frenética. Trabalhamos mais na pandemia do que fora dela. Todo mundo de casa, home office, mas com muita coisa para resolver.