Wallace no Flamengo: ex-zagueiro celebra trajetória, elogia defesa de Filipe Luís e projeta futuro como treinador

Wallace, ex-zagueiro que vestiu a camisa do Flamengo entre 2013 e 2016, relembra com emoção a passagem pelo clube e destaca o impacto pessoal e profissional que viveu naquele período. Em entrevista, o defensor falou sobre as conquistas com o Rubro-Negro, a relação com a torcida e os aprendizados que o moldaram como atleta e ser humano.

Gratidão e legado

Wallace descreve a experiência no Flamengo como a realização de um sonho de infância e enfatiza o crescimento que ocorreu durante sua estadia no clube. Ele recorda os títulos e a proximidade com a torcida, ressaltando os momentos de alegria e também as dificuldades que contribuíram para seu amadurecimento.

“Foi importantíssimo. Sou muito grato ao clube por tudo que me proporcionou e ter tido também a realização de um sonho de moleque de jogar no clube. Além de ter tido um desenvolvimento como ser humano muito grande pelos momentos de alegria que tive e pelos momentos de tristeza também. Aquilo foi me moldando e me tornando um cara muito mais forte, mais suscetível a suportar as pressões que a vida impõe e o futebol te apresenta”

O ex-zagueiro também destacou seus números pelo clube: cerca de 200 partidas em quase quatro anos, desempenho que o deixou honrado por ter contribuído para um clube centenário como o Flamengo.

“Me sinto feliz e honrado por ter vestido a camisa do Flamengo e feito quase 200 jogos em quase quatro anos. Poucos conseguiram esses tipos de números, conquistas e ter vencido no Flamengo. Me sinto lisonjeado, ainda mais se tratando de um clube que tem 130 anos de história. Sempre que posso estou acompanhando os jogos porque tenho um grande carinho pelo clube”

Visão tática e planos para o futuro

Ao comentar o trabalho atual do Flamengo sob o comando de Filipe Luís, Wallace elogiou a solidez defensiva da equipe e apontou o equilíbrio coletivo como fator determinante para a luta por títulos nacionais e continentais. Ele destacou a baixa quantidade de gols sofridos como indicativo de chance real de brigar pelo campeonato.

“O Flamengo tomou 16 gols (no Brasileirão). Esse número é um absurdo. Se continuarem nesse ritmo eu acho que tem grande chance de ser campeão. O princípio de você ser campeão é você passar o maior período sem tomar gol, e eles conseguem manter isso. É muito difícil que sofra dois gols em uma partida. Isso mostra a qualidade dos três defensores, mas acima de tudo, de todo o sistema defensivo”

No Londrina, Wallace atuou com destaque na temporada e, diante do bom desempenho, adiou a aposentadoria. Ele revelou que havia planejado parar aos 34 anos, mas percebeu que ainda tem condição física e mental para seguir em campo. Paralelamente, o zagueiro já se prepara para a transição para a carreira de treinador após sua aposentadoria definitiva.

“Minha ideia era parar agora, no final do ano, mas eu percebi que meu corpo continua apto e minha cabeça ainda está saudável em relação a conseguir acompanhar o ritmo do jogo. Eu sempre planejei encerrar a carreira com 34 anos. Porque ali eu acredito que há uma decadência física e natural – e eu não queria passar vergonha. Aí fui postergando, porque meu corpo dava sinais e meu desempenho também ajudava”

Wallace mantém contato com o futebol e projeta, aos poucos, a nova etapa como treinador, levando a experiência conquistada ao longo da carreira para formação de um novo papel dentro do esporte.