Maior jogador de toda a história do Flamengo, Zico é referência até os dias atuais quando se falta de futebol. Nesta semana, o Galinho de Quintino concedeu entrevista ao jornal El País, falando sobre assuntos relacionados ao mundo da bola e também sobre política.
Dentre os questionamentos feitos ao ex-jogador, o jornal retomou uma afirmação de Romário, ex-atacante e atual político brasileiro, em relação à carreira de Zico. Em determinada ocasião, o Baixinho afirmou que o eterno camisa 10 da Gávea foi o maior jogador que ele viu atuar em um clube. Entretanto, o ídolo rubro-negro garante que não fez grandes feitos apenas pelo Mais Querido, mas também pela seleção brasileira.
— Eu não entendo por que “jogador de clube” […] o Romário ganhou uma Copa do Mundo. É diferente. Mas eu não faço distinção entre jogador de clube e de seleção. Pô, eu também fui jogador de seleção, conquistei coisas com a seleção. Disputei três Copas do Mundo. Quem é o terceiro maior artilheiro da seleção? Quem é o único que disputa a artilharia e não jogava de atacante como eles? Então, que história é essa de “jogador de clube”? Eu perdi um jogo oficial com a seleção brasileira [contra a Itália, em 1982]. Um! Um! Que jogador de clube é esse? É injusto quando falam que fui só jogador de clube. Não ganhei Copa, mas as pessoas precisam respeitar minha história na seleção.
Em seguida, Zico foi questionado em relação à desvalorização de atletas que, assim como ele, nunca conquistaram uma Copa do Mundo. Ao falar disso, o Galinho descreveu tal fato como “ridículo”, citando jogadores históricos, como Cruyff e Puskas.
— Eu acho ridículo. O que importa é tua carreira. Ganhar ou perder faz parte do jogo. Não troco uma Taça Guanabara que ganhei com o Flamengo pela Copa do Mundo. O que dizer do Di Stéfano, Cruyff, Puskas? Vai falar o que de Messi e Cristiano Ronaldo? E aí? Estou em boa companhia, não? Eles não deixam de ser os craques que são porque não ganharam Copa do Mundo.